V E R
A vida
As pessoas
As formas
É um detalhe
Mas...
V I V E R
De bem com A vida
Amando As pessoas
De todas As formas
É um detalhe que faz toda a diferença!
Um pps (Download file) que eu achei muito fixe.
Existe uma grande diferença entre ver e viver, entre olhar e participar.
E muitas vezes deixamo-nos ficar pela comodidade de sermos espectadores da nossa própria vida.
domingo, novembro 30, 2003
sábado, novembro 29, 2003
Forma de Inocência
E este é para o Quiz …
obrigada pela visita!
Hei-de morrer inocente
exactamente
como nasci.
Sem nunca ter descoberto
o que há de falso ou de certo
no que vi.
Entre mim e a Evidência
paira uma névoa cinzenta.
Uma forma de inocência,
que apoquenta.
Mais que apoquenta:
enregela
como um gume
vertical.
E uma espécie de ciúme
de não poder ver igual
Antonio Gedeão
obrigada pela visita!
Hei-de morrer inocente
exactamente
como nasci.
Sem nunca ter descoberto
o que há de falso ou de certo
no que vi.
Entre mim e a Evidência
paira uma névoa cinzenta.
Uma forma de inocência,
que apoquenta.
Mais que apoquenta:
enregela
como um gume
vertical.
E uma espécie de ciúme
de não poder ver igual
Antonio Gedeão
Afinal quem fui eu numa vida anterior.
Your past life diagnosis:
I don't know how you feel about it, but you were female in your last earthly incarnation. You were born somewhere in the territory of modern Oceania around the year 1150. Your profession was that of a teacher, mathematician or geologist.
Your brief psychological profile in your past life:
Such people are always involved with all new. You have always loved changes, especially in art, music, cooking.
The lesson that your last past life brought to your present incarnation:
Your lesson is to learn discretion and moderation and then to teach others to do the same. Your life will be happier if you help those who lack reasoning.
Do you remember now?
Façam o teste aqui e não se espantem com os resultados … nem o autor acredita neles.
I don't know how you feel about it, but you were female in your last earthly incarnation. You were born somewhere in the territory of modern Oceania around the year 1150. Your profession was that of a teacher, mathematician or geologist.
Your brief psychological profile in your past life:
Such people are always involved with all new. You have always loved changes, especially in art, music, cooking.
The lesson that your last past life brought to your present incarnation:
Your lesson is to learn discretion and moderation and then to teach others to do the same. Your life will be happier if you help those who lack reasoning.
Do you remember now?
Façam o teste aqui e não se espantem com os resultados … nem o autor acredita neles.
Pré-adolescente…
O João perguntou-me se sou pré-adolescente.
Claro que sou, a criança que me acompanha desde sempre não arreda pé por mais que lhe digam que já era tempo de me ter abandonado. Não sei se é ela que me acompanha se sou eu que a carrego a ela, acho que é por dias … somos dois membros que se apoiam mutuamente e que sincronizam movimentos … e sentimentos.
A minha experiência serve-se da inocência dela.
A minha experiência nasce da experiência dela.
Em mim tenho a criança de tenra idade que descobria o mundo pela primeira vez.
Tenho a adolescente idealista que achava que iria mudar o mundo, que iria fazer a diferença.
Em algum canto permanece a jovem que se apercebeu que a maior parte dos sonhos podem ser roubados num segundo.
E a adulta que sabe que quando nos roubam os sonhos só temos que lutar para os conquistar de volta ou então construir novos sonhos. Nunca devemos baixar os braços e chorar em cima dos sonhos destroçados.
Enquanto escrevia estas linhas martelavam na minha cabeça alguns versos de uma música, de um grupo especial para mim - Magna Carta.
"It was said of them, in older times
That the child is the father of the man,
and, yet, in growing, know not the man, and of the man's ways.
He watches the aged ones, old and seemly wise and wonders, could he ever grow to be such as they...."
Envelhecer é quase uma relação parental.
Claro que sou, a criança que me acompanha desde sempre não arreda pé por mais que lhe digam que já era tempo de me ter abandonado. Não sei se é ela que me acompanha se sou eu que a carrego a ela, acho que é por dias … somos dois membros que se apoiam mutuamente e que sincronizam movimentos … e sentimentos.
A minha experiência serve-se da inocência dela.
A minha experiência nasce da experiência dela.
Em mim tenho a criança de tenra idade que descobria o mundo pela primeira vez.
Tenho a adolescente idealista que achava que iria mudar o mundo, que iria fazer a diferença.
Em algum canto permanece a jovem que se apercebeu que a maior parte dos sonhos podem ser roubados num segundo.
E a adulta que sabe que quando nos roubam os sonhos só temos que lutar para os conquistar de volta ou então construir novos sonhos. Nunca devemos baixar os braços e chorar em cima dos sonhos destroçados.
Enquanto escrevia estas linhas martelavam na minha cabeça alguns versos de uma música, de um grupo especial para mim - Magna Carta.
"It was said of them, in older times
That the child is the father of the man,
and, yet, in growing, know not the man, and of the man's ways.
He watches the aged ones, old and seemly wise and wonders, could he ever grow to be such as they...."
Envelhecer é quase uma relação parental.
Coliseu do Porto
Corrigindo....
Informações Gerais
Lotação máxima 3.500 lugares.
Podem saber mais coisas sobre o Coliseu aqui>
Informações Gerais
Lotação máxima 3.500 lugares.
Podem saber mais coisas sobre o Coliseu aqui>
Sou capaz de ir aí pelo Natal
Sou capaz de ir aí pelo Natal.
E assim acabou, pensei eu, quando o palco de novo ficou vazio.
Mas estava enganada, e mais uma vez voltaram, para ainda mais um quarto de hora de Coliseu ao rubro. No total, apesar de me parecer menos tempo, foram cerca de duas horas de espectáculo.
Lugares vazios não parecia haver nenhum, desde da plateia até ao bem elevado “galinheiro”. A forma do edifício, em arena, a perspectiva que se tem de qualquer ponto sobre a totalidade do espaço, sobre a grande quantidade de pessoas que vibravam ao mesmo tempo, em sintonia, o grande volume livre central … tudo garante um encanto ainda maior.
A acústica tem alguns problemas, já todos sabemos, mas facilmente esquecemos perante a magia de certos eventos. Bastava olhar os rostos que nos circundavam e ver os olhos brilhantes, os rostos sorridentes para perceber que também eles estavam conquistados, rendidos ao prazer de ver músicos que se divertem na companhia um dos outros, que partilham uma amizade, como dizia o Vitorino, ou um copo de vinho, como fizeram questão de mostrar.
Não sei fazer reportagens, contar pormenores, tomar nota de alinhamentos de músicas. Só vos posso dar notícia do que senti e foi soberbo, sem dúvida, e acho que era a sensação geral. E alem de mais o sentido de fazer parte de algo, como se as musicas fossem de todos nós e fossemos todos amigos que se juntam para divertir. Em certas alturas as músicas já não eram cantadas no palco, mas sim por toda a gente … imaginem o que é 3800 pessoas (acho que é essa a lotação do Coliseu do Porto) cantando em uníssono …
Sou capaz de ir aí pelo Natal.
Não vieram no Natal, vieram um mês antes, mas se quiserem voltar no Natal, serão com toda a certeza bem-vindos.
E assim acabou, pensei eu, quando o palco de novo ficou vazio.
Mas estava enganada, e mais uma vez voltaram, para ainda mais um quarto de hora de Coliseu ao rubro. No total, apesar de me parecer menos tempo, foram cerca de duas horas de espectáculo.
Lugares vazios não parecia haver nenhum, desde da plateia até ao bem elevado “galinheiro”. A forma do edifício, em arena, a perspectiva que se tem de qualquer ponto sobre a totalidade do espaço, sobre a grande quantidade de pessoas que vibravam ao mesmo tempo, em sintonia, o grande volume livre central … tudo garante um encanto ainda maior.
A acústica tem alguns problemas, já todos sabemos, mas facilmente esquecemos perante a magia de certos eventos. Bastava olhar os rostos que nos circundavam e ver os olhos brilhantes, os rostos sorridentes para perceber que também eles estavam conquistados, rendidos ao prazer de ver músicos que se divertem na companhia um dos outros, que partilham uma amizade, como dizia o Vitorino, ou um copo de vinho, como fizeram questão de mostrar.
Não sei fazer reportagens, contar pormenores, tomar nota de alinhamentos de músicas. Só vos posso dar notícia do que senti e foi soberbo, sem dúvida, e acho que era a sensação geral. E alem de mais o sentido de fazer parte de algo, como se as musicas fossem de todos nós e fossemos todos amigos que se juntam para divertir. Em certas alturas as músicas já não eram cantadas no palco, mas sim por toda a gente … imaginem o que é 3800 pessoas (acho que é essa a lotação do Coliseu do Porto) cantando em uníssono …
Sou capaz de ir aí pelo Natal.
Não vieram no Natal, vieram um mês antes, mas se quiserem voltar no Natal, serão com toda a certeza bem-vindos.
sexta-feira, novembro 28, 2003
I’m addicted to blogs
Já não tenho dúvidas, estou viciada em blogs.
Fiz o teste aqui e o diagnóstico foi conclusivo.
Só faltava seguir a terapia recomendada, inscrever-me num grupo de ajuda que me ajudasse a ultrapassar o meu problema … lidar com ele da melhor forma, trocar experiências com quem padece do mesmo mal.
E como paciente obediente lá fui, mandei email a pedir permissão para entrar, que tenho hábito de primeiro bater à porta.
E fui aceite :)
Mas de uma coisa estou certa.
NÃO QUERO SER CURADA!
NÃO QUERO QUE ME LIBERTEM DO VÍCIO.
Fiz o teste aqui e o diagnóstico foi conclusivo.
Só faltava seguir a terapia recomendada, inscrever-me num grupo de ajuda que me ajudasse a ultrapassar o meu problema … lidar com ele da melhor forma, trocar experiências com quem padece do mesmo mal.
E como paciente obediente lá fui, mandei email a pedir permissão para entrar, que tenho hábito de primeiro bater à porta.
E fui aceite :)
Mas de uma coisa estou certa.
NÃO QUERO SER CURADA!
NÃO QUERO QUE ME LIBERTEM DO VÍCIO.
Cabeças no ar
"Cá estão os cromos outra vez em cima do palco!" Rui Veloso
Hoje à noite vou ao Coliseu ver os “cromos”.
quinta-feira, novembro 27, 2003
Liberdade de escolha, divagando à volta do tema.
Reagindo ao retardador, não por falta de vontade mas por falta de tempo.
E mais ao retardador parece tendo em conta o ritmo assimétrico de post nos dois blogs.
No meu blog, o post de referência está ainda ao virar da esquina enquanto no +/- Virgem já está lá ao fundo da avenida.
Recordando…
(…)
Mas também acho que existem níveis diferentes de virgindade, e nem sempre a mais problemática de ser abandonada é a virgindade física.
Psicologicamente, muitas mulheres ficam virgens vidas inteiras, outras precisam de décadas para que o hímen mental se rompa e elas finalmente se entreguem sem receios a uma sexualidade que deveria ser natural.
---
(…) "o entregar-se "sem receios a uma sexualidade que deveria ser natural"... Estremeço um bocadinho. Estremeço porque (não sei se é o caso) muitas vezes se parte do princípio que é aquilo que é natural é ter vida sexual activa, mesmo que não haja paixão, mesmo que não haja amor. "(…)
Quando falava numa sexualidade que deveria ser natural, não me referia ao facto de ter vida sexual activa ou não, mas sim ao modo como devemos encarar o nosso próprio corpo, o nosso desejo, e a forma como nos relacionamos com os outros, com os sentimentos e com os sentidos.
Referia-me sim a tabus que tolhem a liberdade de escolha, a educações que foram restritivas e que condicionaram a forma de estar posterior.
Para mim é uma opção tão natural ter uma vida sexual como permanecer à espera de alguém especial, ou nem estar à espera, simplesmente decidir que existem outras coisas a que nos queremos entregar e que o sexo não faz parte delas.
E acho que é uma decisão tão válida ter sexo por amor, ou ter amor pelo sexo.
Importante é ter a possibilidade de decidir. E concordo, que independência económica é um passo fundamental no caminho da liberdade.
Ainda me lembro bem da expressão “enquanto viveres à minha custa fazes o que eu mando”.
E mais ao retardador parece tendo em conta o ritmo assimétrico de post nos dois blogs.
No meu blog, o post de referência está ainda ao virar da esquina enquanto no +/- Virgem já está lá ao fundo da avenida.
Recordando…
(…)
Mas também acho que existem níveis diferentes de virgindade, e nem sempre a mais problemática de ser abandonada é a virgindade física.
Psicologicamente, muitas mulheres ficam virgens vidas inteiras, outras precisam de décadas para que o hímen mental se rompa e elas finalmente se entreguem sem receios a uma sexualidade que deveria ser natural.
---
(…) "o entregar-se "sem receios a uma sexualidade que deveria ser natural"... Estremeço um bocadinho. Estremeço porque (não sei se é o caso) muitas vezes se parte do princípio que é aquilo que é natural é ter vida sexual activa, mesmo que não haja paixão, mesmo que não haja amor. "(…)
Quando falava numa sexualidade que deveria ser natural, não me referia ao facto de ter vida sexual activa ou não, mas sim ao modo como devemos encarar o nosso próprio corpo, o nosso desejo, e a forma como nos relacionamos com os outros, com os sentimentos e com os sentidos.
Referia-me sim a tabus que tolhem a liberdade de escolha, a educações que foram restritivas e que condicionaram a forma de estar posterior.
Para mim é uma opção tão natural ter uma vida sexual como permanecer à espera de alguém especial, ou nem estar à espera, simplesmente decidir que existem outras coisas a que nos queremos entregar e que o sexo não faz parte delas.
E acho que é uma decisão tão válida ter sexo por amor, ou ter amor pelo sexo.
Importante é ter a possibilidade de decidir. E concordo, que independência económica é um passo fundamental no caminho da liberdade.
Ainda me lembro bem da expressão “enquanto viveres à minha custa fazes o que eu mando”.
Para a Ofélia …a propósito do Natal
O que é o Natal para ti? O que precisas para sentir o Natal?
A iluminação nas ruas, as lojas cheias, o frio do tempo e o rosto corado pelas horas a fio nas ruas tentando encontrar o presente ideal. Imaginar quem o vai receber, como vai reagir.
É mais fácil sentir o Natal quando existem crianças porque elas carregam-no com elas, nos olhos que brilham pensando em presentes.
O Natal tem a ver com prendas, sim, mas não pelos presentes na árvore mas sim porque o Natal devia ser o tempo em que damos um pouco de nós aos outros. Um sorriso, uma atenção, uma ajuda.
O sentir o Natal existe na minha recordação. Em cada ano acho que o sinto menos, mas quando recordo o Natal que já passou, a distância encarrega-se de lhe dar de novo o encanto e a magia do primeiro de que me lembro.
Contando pinheirinhos entre a casa dos meus avós e a minha casa, tentando enganar o sono que se instalava. O frio imenso e eu enrolada num cobertor com um saco, cheio com agua quente de um pote de ferro colocado na lareira da cozinha da minha avó. O cheiro a resina das pinhas que abriam, a mãos enfarruscadas de brincar com os pinhões. As correrias em volta da mesa enquanto toda a gente consoava. Os cheiros que se sobrepunham.
Nesta recordação não está um só natal, estão muitos Natais, tantos que já não os consigo distinguir, fica só um puzzle de imagens, que encaixam na perfeição como se o tempo não tivesse fronteiras.
A iluminação nas ruas, as lojas cheias, o frio do tempo e o rosto corado pelas horas a fio nas ruas tentando encontrar o presente ideal. Imaginar quem o vai receber, como vai reagir.
É mais fácil sentir o Natal quando existem crianças porque elas carregam-no com elas, nos olhos que brilham pensando em presentes.
O Natal tem a ver com prendas, sim, mas não pelos presentes na árvore mas sim porque o Natal devia ser o tempo em que damos um pouco de nós aos outros. Um sorriso, uma atenção, uma ajuda.
O sentir o Natal existe na minha recordação. Em cada ano acho que o sinto menos, mas quando recordo o Natal que já passou, a distância encarrega-se de lhe dar de novo o encanto e a magia do primeiro de que me lembro.
Contando pinheirinhos entre a casa dos meus avós e a minha casa, tentando enganar o sono que se instalava. O frio imenso e eu enrolada num cobertor com um saco, cheio com agua quente de um pote de ferro colocado na lareira da cozinha da minha avó. O cheiro a resina das pinhas que abriam, a mãos enfarruscadas de brincar com os pinhões. As correrias em volta da mesa enquanto toda a gente consoava. Os cheiros que se sobrepunham.
Nesta recordação não está um só natal, estão muitos Natais, tantos que já não os consigo distinguir, fica só um puzzle de imagens, que encaixam na perfeição como se o tempo não tivesse fronteiras.
quarta-feira, novembro 26, 2003
Passear o cão
A chuva voltou!
O céu carregado de nuvens escurece o dia, que fica com uma luminosidade débil e triste. No carro, vendo as gotas que escorregam pelo vidro, sinto-me protegida.
Lá fora, envolta numa gabardina, numa mão segurando guarda-chuva, na outra segurando trela, uma mulher passeia o seu cão. Hábito matinal, eu sei, que já a vi várias vezes em dias mais bonitos e mais agradáveis do que o de hoje.
O tempo de certeza não convida, mas ter um cão significa ter de abdicar da comodidade pela companhia.
Como tantas outras coisas … pensando bem.
O céu carregado de nuvens escurece o dia, que fica com uma luminosidade débil e triste. No carro, vendo as gotas que escorregam pelo vidro, sinto-me protegida.
Lá fora, envolta numa gabardina, numa mão segurando guarda-chuva, na outra segurando trela, uma mulher passeia o seu cão. Hábito matinal, eu sei, que já a vi várias vezes em dias mais bonitos e mais agradáveis do que o de hoje.
O tempo de certeza não convida, mas ter um cão significa ter de abdicar da comodidade pela companhia.
Como tantas outras coisas … pensando bem.
terça-feira, novembro 25, 2003
As coisas boas da vida...
Não costumo nem fazer post nem comentar emails, mas hoje abro uma excepção. Razão? Apetece-me simplesmente.
No mail diziam para reflectir sobre cada ponto antes de passar ao seguinte, que isso me faria sentir bem. E assim fiz.
1. Apaixonar-se.
Sim, definitivamente é uma das coisas boas da vida, a paixão que nasce, que se desenvolve, ter espaço e tempo para apreciar esse estado de exaltação que nos invade, o corpo que perde o peso, o rosto que se ilumina. Apaixonar-se e manter-se apaixonada, por alguém, por algo, ou simplesmente pela vida.
2. Rir tanto até que as faces doam.
Já não me lembro de assim rir. Pensando melhor, recordo sim, já lá vai tempo, mas como podia esquecer.
3. Um chuveiro quente.
Acho que prefiro uma banheira cheia de água quente, mergulhar completamente. Melhor ainda, com hidromassagem e deixar o borbulhar da agua ser o ritmo que marca os meus pensamentos.
4. Um supermercado sem filas.
Melhor ainda, não precisar de ir ao supermercado
5. Um olhar especial.
Sempre. Adoro olhos. O velho cliché do “espelho da alma” veio-me à cabeça.
6. Receber correio.
Ou email … receber noticias de quem gostamos.
7. Conduzir numa estrada linda.
E poder encostar o carro numa berma e ficar a apreciar.
8. Ouvir a nossa música preferida no rádio.
Principalmente quando não é habitual ela passar na rádio … mas nessa altura fico dividida, porque a partilha lhe pode tirar algum do encanto.
9. Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.
Há quanto tempo não faço isto
10. Toalhas quentes acabadas de serem brunidas.
Toalheiros aquecidos na casa de banho
11. Encontrar a camisola que se quer em saldo e a metade do preço.
E que nos sirva … e não tenha defeito.
12. Batido de chocolate (ou baunilha) (ou morango).
Em alguma coisa teria de ser diferente … não sou especialmente apreciadora de batidos. Prefiro antes o sumo natural.
13. Uma chamada de longa distância.
E que não seja eu a pagar. Gosto de falar mas não gosto de telefones, gosto mais de Olhos nos Olhos.
14. Um banho de espuma.
Já tinha falado no banho, com espuma ainda é melhor.
15. Rir baixinho.
Rir, pura e simplesmente.
16. Uma boa conversa.
Daquelas que nos enchem completamente a alma.
17. A praia.
A praia deserta, o som das ondas, as pegadas das gaivotas marcadas na areia, o brilho do sol reflectido no mar com uma intensidade tal que temos que semicerrar os olhos.
18. Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o último Inverno.
Encontrar uma nota de 20 euros …
19. Rir-se de si mesmo.
Ter a capacidade de se rir de si mesmo.
20. Chamadas à meia-noite que duram horas.
21. Correr entre os jactos de água de um aspersor.
Lavar o carro em dia de verão e acabar numa luta de mangueiras …
22. Rir por nenhuma razão especial.
Rir, pura e simplesmente.
23. Alguém que te diz que és o máximo.
Alguém que te diz que fazes diferença…
24. Rir de uma anedota que vem à memória.
Rir, pura e simplesmente.
25. Amigos.
Os amigos especiais.
26. Ouvir acidentalmente alguém dizer bem de nós.
Ficar com um sorriso de orelha a orelha e o ego inchado
27. Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.
E conseguir voltar a adormecer.
28. O primeiro beijo (ou mesmo o primeiro ou o primeiro com o novo namorado).
Aquele contacto que transforma afastamento em proximidade, estranheza em intimidade.
29. Fazer novos amigos ou passar o tempo com os velhos.
Amigos especiais
30. Brincar com um cachorrinho.
Brincar …
31. Haver alguém a mexer-te no cabelo.
E mexer no cabelo de alguém …
32. Belos sonhos.
Que não se esfumem na memória.
33. Chocolate quente.
Chocolate frio, em finos quadrados a saber a laranja …
34. Fazer-se à estrada com amigos.
Sem planos e sem destino certo, à descoberta.
35. Balancear-se num balancé.
36. Embrulhar presentes sob a árvore de Natal comendo chocolates e bebendo a bebida favorita.
37. Letra de canções na capa do CD para podermos cantá-las sem nos sentirmos estúpidos.
Letras na capa do cd para apreciar os poemas com calma
38. Ir a um bom concerto.
Este fim-de-semana vou a dois …
39. Trocar um olhar com um belo desconhecido.
;)
40. Ganhar um jogo renhido.
Vencer um desafio.
41. Fazer bolo de chocolate.
Comer o bolo de chocolate que foi feito especialmente para nós.
42. Receber de amigos biscoitos feitos em casa.
Deliciosos
43. Passar tempo com amigos íntimos.
Amigos especiais
44. Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos amigos.
Estar com os amigos especiais
45. Andar de mão dada com quem gostamos.
Sentir o toque quente da pele …
46. Encontrar por acaso um velho amigo e ver que algumas coisas (boas ou más) nunca mudam.
Saltar no tempo e recordar coisas que já nem lembrava mais…
47. Patinar sem cair.
Quem me dera…
48. Observar o contentamento de alguém que está a abrir um presente que lhe ofereceste.
Adoro comprar prendas, tentando que as mesmas sejam especiais para quem as recebe.
49. Ver o nascer do sol.
Nascer do sol, no meio do mar, brisa fria e húmida, cobertor roubado da cama e colocado sobre os ombros.
50. Levantar-se da cama todas as manhãs e agradecer outro belo dia.
E deitar-se continuando a agradecer …
”Amigos são anjos que nos levantam pelos pés quando as nossas asas não se conseguem lembrar de como se voa. “
Apetecia-me um amigo agora
No mail diziam para reflectir sobre cada ponto antes de passar ao seguinte, que isso me faria sentir bem. E assim fiz.
1. Apaixonar-se.
Sim, definitivamente é uma das coisas boas da vida, a paixão que nasce, que se desenvolve, ter espaço e tempo para apreciar esse estado de exaltação que nos invade, o corpo que perde o peso, o rosto que se ilumina. Apaixonar-se e manter-se apaixonada, por alguém, por algo, ou simplesmente pela vida.
2. Rir tanto até que as faces doam.
Já não me lembro de assim rir. Pensando melhor, recordo sim, já lá vai tempo, mas como podia esquecer.
3. Um chuveiro quente.
Acho que prefiro uma banheira cheia de água quente, mergulhar completamente. Melhor ainda, com hidromassagem e deixar o borbulhar da agua ser o ritmo que marca os meus pensamentos.
4. Um supermercado sem filas.
Melhor ainda, não precisar de ir ao supermercado
5. Um olhar especial.
Sempre. Adoro olhos. O velho cliché do “espelho da alma” veio-me à cabeça.
6. Receber correio.
Ou email … receber noticias de quem gostamos.
7. Conduzir numa estrada linda.
E poder encostar o carro numa berma e ficar a apreciar.
8. Ouvir a nossa música preferida no rádio.
Principalmente quando não é habitual ela passar na rádio … mas nessa altura fico dividida, porque a partilha lhe pode tirar algum do encanto.
9. Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.
Há quanto tempo não faço isto
10. Toalhas quentes acabadas de serem brunidas.
Toalheiros aquecidos na casa de banho
11. Encontrar a camisola que se quer em saldo e a metade do preço.
E que nos sirva … e não tenha defeito.
12. Batido de chocolate (ou baunilha) (ou morango).
Em alguma coisa teria de ser diferente … não sou especialmente apreciadora de batidos. Prefiro antes o sumo natural.
13. Uma chamada de longa distância.
E que não seja eu a pagar. Gosto de falar mas não gosto de telefones, gosto mais de Olhos nos Olhos.
14. Um banho de espuma.
Já tinha falado no banho, com espuma ainda é melhor.
15. Rir baixinho.
Rir, pura e simplesmente.
16. Uma boa conversa.
Daquelas que nos enchem completamente a alma.
17. A praia.
A praia deserta, o som das ondas, as pegadas das gaivotas marcadas na areia, o brilho do sol reflectido no mar com uma intensidade tal que temos que semicerrar os olhos.
18. Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o último Inverno.
Encontrar uma nota de 20 euros …
19. Rir-se de si mesmo.
Ter a capacidade de se rir de si mesmo.
20. Chamadas à meia-noite que duram horas.
21. Correr entre os jactos de água de um aspersor.
Lavar o carro em dia de verão e acabar numa luta de mangueiras …
22. Rir por nenhuma razão especial.
Rir, pura e simplesmente.
23. Alguém que te diz que és o máximo.
Alguém que te diz que fazes diferença…
24. Rir de uma anedota que vem à memória.
Rir, pura e simplesmente.
25. Amigos.
Os amigos especiais.
26. Ouvir acidentalmente alguém dizer bem de nós.
Ficar com um sorriso de orelha a orelha e o ego inchado
27. Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.
E conseguir voltar a adormecer.
28. O primeiro beijo (ou mesmo o primeiro ou o primeiro com o novo namorado).
Aquele contacto que transforma afastamento em proximidade, estranheza em intimidade.
29. Fazer novos amigos ou passar o tempo com os velhos.
Amigos especiais
30. Brincar com um cachorrinho.
Brincar …
31. Haver alguém a mexer-te no cabelo.
E mexer no cabelo de alguém …
32. Belos sonhos.
Que não se esfumem na memória.
33. Chocolate quente.
Chocolate frio, em finos quadrados a saber a laranja …
34. Fazer-se à estrada com amigos.
Sem planos e sem destino certo, à descoberta.
35. Balancear-se num balancé.
36. Embrulhar presentes sob a árvore de Natal comendo chocolates e bebendo a bebida favorita.
37. Letra de canções na capa do CD para podermos cantá-las sem nos sentirmos estúpidos.
Letras na capa do cd para apreciar os poemas com calma
38. Ir a um bom concerto.
Este fim-de-semana vou a dois …
39. Trocar um olhar com um belo desconhecido.
;)
40. Ganhar um jogo renhido.
Vencer um desafio.
41. Fazer bolo de chocolate.
Comer o bolo de chocolate que foi feito especialmente para nós.
42. Receber de amigos biscoitos feitos em casa.
Deliciosos
43. Passar tempo com amigos íntimos.
Amigos especiais
44. Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos amigos.
Estar com os amigos especiais
45. Andar de mão dada com quem gostamos.
Sentir o toque quente da pele …
46. Encontrar por acaso um velho amigo e ver que algumas coisas (boas ou más) nunca mudam.
Saltar no tempo e recordar coisas que já nem lembrava mais…
47. Patinar sem cair.
Quem me dera…
48. Observar o contentamento de alguém que está a abrir um presente que lhe ofereceste.
Adoro comprar prendas, tentando que as mesmas sejam especiais para quem as recebe.
49. Ver o nascer do sol.
Nascer do sol, no meio do mar, brisa fria e húmida, cobertor roubado da cama e colocado sobre os ombros.
50. Levantar-se da cama todas as manhãs e agradecer outro belo dia.
E deitar-se continuando a agradecer …
”Amigos são anjos que nos levantam pelos pés quando as nossas asas não se conseguem lembrar de como se voa. “
Apetecia-me um amigo agora
segunda-feira, novembro 24, 2003
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
In Movimento Perpétuo, 1956
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
In Movimento Perpétuo, 1956
A António Gedeão
Rómulo de Carvalho nasceu a 24 de Novembro de 1906, se fosse vivo faria hoje anos. Mais conhecido para alguns como António Gedeão... como o poeta da Pedra Filosofal.
É um dos poemas que continuo a saber de cor, tropeçando aqui ou ali em alguma palavra decerto, que a memória prega partidas.
Fazia parte do meu livro de história da terceira classe e desde então de vez em quando recito-o, mentalmente, de mim para mim.
Porquê?
Talvez porque o sonho comanda a vida…
É um dos poemas que continuo a saber de cor, tropeçando aqui ou ali em alguma palavra decerto, que a memória prega partidas.
Fazia parte do meu livro de história da terceira classe e desde então de vez em quando recito-o, mentalmente, de mim para mim.
Porquê?
Talvez porque o sonho comanda a vida…
domingo, novembro 23, 2003
A primeira vez
Alguns relatos da primeira vez… no feminino e masculino, em brasileiro.
http://cadernodigital.uol.com.br/guiadosexo/minhaprimeiravez/default.htm
E em inglês, muito mais material, para todos os gostos
http://www.myfirsttime.com/
http://cadernodigital.uol.com.br/guiadosexo/minhaprimeiravez/default.htm
E em inglês, muito mais material, para todos os gostos
http://www.myfirsttime.com/
Mais ou menos VIRGEM
Este post é para vos falar de inaugurações.
Primeira inauguração.
Ontem coloquei no blog um campo com o endereço de email, já andava para o fazer, mas ia sempre ficando para depois.
Segunda inauguração.
Hoje recebi o meu primeiro email. Publicidade a um blog, recém-nascido mas que já esperneia que dá gosto ver. Mais ou menos virgem.
Terceira inauguração.
Usando a terminologia brasileira, tudo começou com um anúncio pedindo alguém que a inaugurasse definitivamente.
Anuncio engraçado: Virgem procura homem carinhoso para tirar virgindade
30 anos, bonita, 1 namorado, virgindade mal tirada, procura homem muito meigo para romper o resto.
Brincadeira pegou. De tanta mensagem até se torna confuso. Visitas pelos vistos não faltam, ainda não passou uma semana e já se prepara para completar o primeiro milhar …QUE INVEJA ;)
Mas a brincadeira merece reflexão, o tema não deixa de ser interessante.
Perder a virgindade fará diferença no comportamento sexual posterior?
Isto é, se a virgindade tivesse sido bem tirada da primeira vez, o comportamento que teve ao longo destes anos teria sido diferente?
Em que medida é que um hímen condiciona a forma como uma mulher se comporta? (não um íman, como pelos vistos alguns homens o designam, fruto sem dúvida da atracção desenvolvida)
Eu acho que condiciona, de tal forma que existem mulheres que o preferem perder sozinhas. Lembro-me de ter lido um artigo brasileiro sobre isso, já lá vão alguns anos.
Mas também acho que existem níveis diferentes de virgindade, e nem sempre a mais problemática de ser abandonada é a virgindade física.
Psicologicamente, muitas mulheres ficam virgens vidas inteiras, outras precisam de décadas para que o hímen mental se rompa e elas finalmente se entreguem sem receios a uma sexualidade que deveria ser natural.
Primeira inauguração.
Ontem coloquei no blog um campo com o endereço de email, já andava para o fazer, mas ia sempre ficando para depois.
Segunda inauguração.
Hoje recebi o meu primeiro email. Publicidade a um blog, recém-nascido mas que já esperneia que dá gosto ver. Mais ou menos virgem.
Terceira inauguração.
Usando a terminologia brasileira, tudo começou com um anúncio pedindo alguém que a inaugurasse definitivamente.
Anuncio engraçado: Virgem procura homem carinhoso para tirar virgindade
30 anos, bonita, 1 namorado, virgindade mal tirada, procura homem muito meigo para romper o resto.
Brincadeira pegou. De tanta mensagem até se torna confuso. Visitas pelos vistos não faltam, ainda não passou uma semana e já se prepara para completar o primeiro milhar …QUE INVEJA ;)
Mas a brincadeira merece reflexão, o tema não deixa de ser interessante.
Perder a virgindade fará diferença no comportamento sexual posterior?
Isto é, se a virgindade tivesse sido bem tirada da primeira vez, o comportamento que teve ao longo destes anos teria sido diferente?
Em que medida é que um hímen condiciona a forma como uma mulher se comporta? (não um íman, como pelos vistos alguns homens o designam, fruto sem dúvida da atracção desenvolvida)
Eu acho que condiciona, de tal forma que existem mulheres que o preferem perder sozinhas. Lembro-me de ter lido um artigo brasileiro sobre isso, já lá vão alguns anos.
Mas também acho que existem níveis diferentes de virgindade, e nem sempre a mais problemática de ser abandonada é a virgindade física.
Psicologicamente, muitas mulheres ficam virgens vidas inteiras, outras precisam de décadas para que o hímen mental se rompa e elas finalmente se entreguem sem receios a uma sexualidade que deveria ser natural.
sábado, novembro 22, 2003
Olhos nos Olhos II
Chico Buarque/1976
Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mas nem porque
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz
http://www.chicobuarque.com.br/letras/olhosnos_76.htm
Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mas nem porque
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz
http://www.chicobuarque.com.br/letras/olhosnos_76.htm
Experiência
“Experiência é o que ganhas quando não ganhas o que querias.”
“Um pessimista é um optimista com experiência.”
Não sei quem disse, mas achei graça…
“Um pessimista é um optimista com experiência.”
Não sei quem disse, mas achei graça…
sexta-feira, novembro 21, 2003
Olhos nos Olhos
Acabei de ler “Olhos nos Olhos” de Júlio Machado Vaz.
Gostei, estranho seria não ter gostado dado a forma como avidamente sigo tudo o que (publicamente) faz, e o modo como a sua visão da vida me toca.
Experiência longa no contacto com outras vidas permitem-lhe contar histórias inventadas mas tão reais como se efectivamente tivessem acontecido.
E provavelmente aconteceram, não mimeticamente, não em todos os detalhes, não apenas a uma pessoa. Todos nós vamos colhendo a inspiração, vamos tomando lições, das pessoas que connosco se cruzam.
Eu sei que em alguns pontos dos vários contos me senti retratada, senti que existiam pontos de contacto, quer na forma de pensar, sentir, agir … quer mesmo no que posso chamar a “história da minha vida”.
E o que mais me fascinou neste livro é que apesar de ser um conjunto de contos, agradável, de leitura fácil, cativante, que pode ser lidos num sentido puramente recreativo, não deixa de ser um livro sobre sexologia que pretende ter uma função didáctica … e que o consegue, sem dúvida.
Se ainda não leram, não percam!
Não percam também Júlio Machado Vaz em:
Antena 1 – todos os dias da semana, cerca das 9:25 “O amor é…”
Antena 1 – Segunda-feira 23:59 – “olhos nos olhos” com Ana Lamy.
NTV, RTP1, RTPI e RTP Africa – “Estes difíceis amores” nos seguintes horários:
NTV - SABADOS - 22:OO DOMINGOS 19:30
RTP1 - TERÇAS FEIRAS - 1:30 (MADRUGADA DE SEGUNDA PARA TERÇA)
RTP I / RTP AFRICA - SABADOS - 23:45
Feridas
“E todas as feridas cicatrizam!?” comentário de Xupacabras a Cães, gatos e a tristeza
Acho que as feridas podem cicatrizar … mas a pele fica com marcas, mais ou menos vincadas, fica mais débil, mais sujeita, mais sensível.
Com a alma passa-se exactamente o mesmo, depois da chaga aberta nunca voltaremos ao ponto de partida, aquele que éramos antes de sermos feridos.
Saudades fortes que ficam de alguém que deixamos de ser, confianças perdidas que se tentam reconquistar mas que são mais frágeis como a epiderme da cicatriz, melancolia sem razão aparente que nos ataca e apanha desprevenidos.
Mas a isso chama-se VIVER. Faz parte do bolo que decidimos provar no momento em que escolhemos respirar.
Acho que as feridas podem cicatrizar … mas a pele fica com marcas, mais ou menos vincadas, fica mais débil, mais sujeita, mais sensível.
Com a alma passa-se exactamente o mesmo, depois da chaga aberta nunca voltaremos ao ponto de partida, aquele que éramos antes de sermos feridos.
Saudades fortes que ficam de alguém que deixamos de ser, confianças perdidas que se tentam reconquistar mas que são mais frágeis como a epiderme da cicatriz, melancolia sem razão aparente que nos ataca e apanha desprevenidos.
Mas a isso chama-se VIVER. Faz parte do bolo que decidimos provar no momento em que escolhemos respirar.
A pressa do tempo
O meu computador tem pressa que o tempo passe... deve ser vontade de receber prendas de natal.
Adiantou-se um mês, para ele o mês de Dezembro ia já a dois terços. O Natal mesmo a chegar. Deve ser da chuva e do dia cinzento.
E eu sem entender porque é que os post nos blogs estavam complemente malucos.
Melhor, acho que essa seria a razão ... a prova ainda não foi tirada. Só quando colocar este post on-line é que terei certeza.
Adiantou-se um mês, para ele o mês de Dezembro ia já a dois terços. O Natal mesmo a chegar. Deve ser da chuva e do dia cinzento.
E eu sem entender porque é que os post nos blogs estavam complemente malucos.
Melhor, acho que essa seria a razão ... a prova ainda não foi tirada. Só quando colocar este post on-line é que terei certeza.
quinta-feira, novembro 20, 2003
Erro...erro...erro
Não é que fiquei com o mesmo post colocado 4 vezes?
E como não sei apagar ... só me resta escrever qualquer coisa em seu lugar.
:)
E como não sei apagar ... só me resta escrever qualquer coisa em seu lugar.
:)
"What's your element"
Your element is Water. You are a deep person and a
good communicator. Incredibably loving and
loyal when your trust is gained and you are
fairly mature.Myterious to the utmost water is
in everything. One can be an Ocean or a river
but nobody truly knows you.
What's your element
brought to you by Quizilla
Água?
Acho que sim, que será com a água que mais me identifico, onde melhor me sinto.
Estou a gostar destes testes … afinal já são duas certas em dois testes.
Já fizeram o teste? E qual é o vosso elemento?
quarta-feira, novembro 19, 2003
Uma folha de papel em branco
(do meu baú, ainda a propósito dos sonhos e de Morfeu)
Uma folha de papel em branco. A indecisão. O que escrever? Sobre o que escrever? Dizem que o mais difícil é começar. Não é verdade! Tantos inícios tenho eu perdidos por folhas meias brancas de papel. Tantas ideias afloradas que nunca chegaram a ser desenvolvidas. Tantos inícios que não chegaram mesmo a ser ideia, a ser projecto.
Não consigo definir bem esta minha necessidade de escrever. Não é pela história que quero contar, não tenho à partida uma história. Acho que é pela necessidade de falar comigo própria, de me compreender, de entender os meus sonhos e os meus pesadelos.
Quantos livros já eu escrevi nas longas noites de insónia, mas cuja recordação foi varrida pelos primeiros raios de sol da manhã. Quantas sensações novas já eu experimentei naquele ponto intermédio de consciência, em que não estamos adormecidos mas também não totalmente despertos, em que o sonho (ou pesadelo) surge involuntariamente mas cujo controlo, a partir de determinado momento já é nosso.
Penso que os sonhos foram criados para nos proporcionarem sensações e conhecimentos que de outro modo poderíamos não experimentar na nossa vida. Nos sonhos é-nos possível experimentar sensações em graus de intensidade que acordados não conseguiríamos ou não teríamos oportunidade. Medo absoluto e paralisante, felicidade completa…
Ainda me lembro, com mais clareza do que fossem hoje, de alguns sonhos que tive em criança, de algumas imagens associadas a esses sonhos.
Sei que muitos deles me tornaram mais rica, me permitiram crescer e assimilar etapas de desenvolvimento. Sei que outros foram unicamente uma ida ao cinema para ver um filme "fast-food" de ingestão fácil e digestão rápida, sem mais consequências.
Os meus sonhos permitiram-me conhecer o medo, o pavor e a lidar com eles. Permitiram compreender e aceitar a morte e a vida.
Na escuridão da noite, na semiconsciência do sono, as coisas ganham uma dimensão diferente, conceitos podem tornar-se entidades palpáveis, objectos podem ter vida própria.
No sonho reinterpretámos a nossa vida, como se um, ou a outra fossem representações teatrais feitas ao gosto e para prazer de seres superiores.
Gosto de escrever, gosto como as palavras se encadeiam naturalmente, gosto como as ideias fluem ao sabor do lápis.
Quando escrevo restrinjo necessariamente a amplitude do pensamento. A mão não é suficientemente rápida e funciona num único nível. A escrita mental, que faço em noites de vigília é como um labirinto tridimensional, cheia de pequenos caminhos que se cruzam, de becos que não vão dar a sítio algum e que obrigam ao retrocesso, de atalhos que fazem o salto entre dimensões. Nesses estados de semiconsciência é possível que o irreal seja a mais concreta das realidades. E essa ginástica mental é impensável no nosso dia a dia.
Tudo isto começou porque eu queria escrever e não sabia, e não sei, sobre o quê. Sinto uma necessidade incrível de escrever e ao mesmo tempo uma dificuldade extrema em o fazer sistematicamente.
Gosto de escrever reflexões curtas, e a escrita deve ser, antes de mais, uma questão de prazer próprio, de satisfação de anseios. Se o que daí resultar for algo cuja leitura possa trazer algum beneficio, ou prazer, para os outros, tanto melhor. Senão, o próprio prazer de escrever estas, e outras linhas, é mais do que suficiente.
30/07/2000
Uma folha de papel em branco. A indecisão. O que escrever? Sobre o que escrever? Dizem que o mais difícil é começar. Não é verdade! Tantos inícios tenho eu perdidos por folhas meias brancas de papel. Tantas ideias afloradas que nunca chegaram a ser desenvolvidas. Tantos inícios que não chegaram mesmo a ser ideia, a ser projecto.
Não consigo definir bem esta minha necessidade de escrever. Não é pela história que quero contar, não tenho à partida uma história. Acho que é pela necessidade de falar comigo própria, de me compreender, de entender os meus sonhos e os meus pesadelos.
Quantos livros já eu escrevi nas longas noites de insónia, mas cuja recordação foi varrida pelos primeiros raios de sol da manhã. Quantas sensações novas já eu experimentei naquele ponto intermédio de consciência, em que não estamos adormecidos mas também não totalmente despertos, em que o sonho (ou pesadelo) surge involuntariamente mas cujo controlo, a partir de determinado momento já é nosso.
Penso que os sonhos foram criados para nos proporcionarem sensações e conhecimentos que de outro modo poderíamos não experimentar na nossa vida. Nos sonhos é-nos possível experimentar sensações em graus de intensidade que acordados não conseguiríamos ou não teríamos oportunidade. Medo absoluto e paralisante, felicidade completa…
Ainda me lembro, com mais clareza do que fossem hoje, de alguns sonhos que tive em criança, de algumas imagens associadas a esses sonhos.
Sei que muitos deles me tornaram mais rica, me permitiram crescer e assimilar etapas de desenvolvimento. Sei que outros foram unicamente uma ida ao cinema para ver um filme "fast-food" de ingestão fácil e digestão rápida, sem mais consequências.
Os meus sonhos permitiram-me conhecer o medo, o pavor e a lidar com eles. Permitiram compreender e aceitar a morte e a vida.
Na escuridão da noite, na semiconsciência do sono, as coisas ganham uma dimensão diferente, conceitos podem tornar-se entidades palpáveis, objectos podem ter vida própria.
No sonho reinterpretámos a nossa vida, como se um, ou a outra fossem representações teatrais feitas ao gosto e para prazer de seres superiores.
Gosto de escrever, gosto como as palavras se encadeiam naturalmente, gosto como as ideias fluem ao sabor do lápis.
Quando escrevo restrinjo necessariamente a amplitude do pensamento. A mão não é suficientemente rápida e funciona num único nível. A escrita mental, que faço em noites de vigília é como um labirinto tridimensional, cheia de pequenos caminhos que se cruzam, de becos que não vão dar a sítio algum e que obrigam ao retrocesso, de atalhos que fazem o salto entre dimensões. Nesses estados de semiconsciência é possível que o irreal seja a mais concreta das realidades. E essa ginástica mental é impensável no nosso dia a dia.
Tudo isto começou porque eu queria escrever e não sabia, e não sei, sobre o quê. Sinto uma necessidade incrível de escrever e ao mesmo tempo uma dificuldade extrema em o fazer sistematicamente.
Gosto de escrever reflexões curtas, e a escrita deve ser, antes de mais, uma questão de prazer próprio, de satisfação de anseios. Se o que daí resultar for algo cuja leitura possa trazer algum beneficio, ou prazer, para os outros, tanto melhor. Senão, o próprio prazer de escrever estas, e outras linhas, é mais do que suficiente.
30/07/2000
Cães, gatos e a tristeza
Li no blog do JotaKapa um post que começava sendo sobre cães e gatos mas acabava sendo sobre muitas mais coisas.
"Numa coisa os gatos são muito sábios: quando se magoam, lambem as feridas e seguem em frente. Mais! Caem sempre, mas sempre, de pé!!!"
A imagem de lamber feridas aplica-se de igual forma quer a cães, quer a gatos. Acho que se aplica a todos os animais que tem língua e capacidade de contorção para com ela chegar aos mais variados sítios. No não ficar eternamente a lamber as feridas é que reside a sabedoria. A capacidade de aterrar sobre as patas é essa sim uma vantagem notoriamente felina.
Mas acho que nem cães nem gatos se deixam abater facilmente pelas adversidades. Cada um resolve os problemas à sua maneira, um pela força, outro pela astúcia, um pelo confronto directo, outro pela dissimulação. E nós, humanos, somos também assim, diferentes na forma como reagimos perante as adversidades, como as contornamos, como lutamos ou como sucumbimos. Porque nem só de vitórias reza a história…
“Quantas vezes temos a tendência para ficar a curtir a fossa quando algo nos magoa?
Valerá a pena?...”
Acho que tal como o animal que lambe as feridas antes de se levantar de novo e seguir em frente, também nós necessitamos de tempos, um tempo para sentir, um tempo para analisar, um tempo para ressurgir, e muitas vezes um tempo para esquecer.
O “lamber das feridas” ou a “tristeza que cai sobre nós” são imagens diferentes para um mesmo tempo, o tempo da cicatrização.
"Numa coisa os gatos são muito sábios: quando se magoam, lambem as feridas e seguem em frente. Mais! Caem sempre, mas sempre, de pé!!!"
A imagem de lamber feridas aplica-se de igual forma quer a cães, quer a gatos. Acho que se aplica a todos os animais que tem língua e capacidade de contorção para com ela chegar aos mais variados sítios. No não ficar eternamente a lamber as feridas é que reside a sabedoria. A capacidade de aterrar sobre as patas é essa sim uma vantagem notoriamente felina.
Mas acho que nem cães nem gatos se deixam abater facilmente pelas adversidades. Cada um resolve os problemas à sua maneira, um pela força, outro pela astúcia, um pelo confronto directo, outro pela dissimulação. E nós, humanos, somos também assim, diferentes na forma como reagimos perante as adversidades, como as contornamos, como lutamos ou como sucumbimos. Porque nem só de vitórias reza a história…
“Quantas vezes temos a tendência para ficar a curtir a fossa quando algo nos magoa?
Valerá a pena?...”
Acho que tal como o animal que lambe as feridas antes de se levantar de novo e seguir em frente, também nós necessitamos de tempos, um tempo para sentir, um tempo para analisar, um tempo para ressurgir, e muitas vezes um tempo para esquecer.
O “lamber das feridas” ou a “tristeza que cai sobre nós” são imagens diferentes para um mesmo tempo, o tempo da cicatrização.
terça-feira, novembro 18, 2003
Até Um Novo Alvorecer
Morfeu, não me deixes sequer pensar o que dizer, não me deixes pensar, o meu cérebro rebola-se, contorce-se e eu não consigo dormir.
OH! Morfeu!
Quem me dera embalar-me suavemente em teus braços, ver meus pesares esquecidos, transformados em belas fantasias.
Que o sono e o sonho invadam a minha vida, as minhas noites. Nada mais doce do que um sono povoado de belos sonhos, que sensação de felicidade.
Morfeu não me abandones!
Guia-me nesta passagem por um mundo frenético, agitado. Dá-me a paz e o sossego.
Diz-nos: "Durmam em paz" (Até um novo alvorecer!).
22/09/1984
(outro texto saído do meu baú, este já estava escrito em papel carcomido pelo tempo e pela distância, quase 20 anos ...)
OH! Morfeu!
Quem me dera embalar-me suavemente em teus braços, ver meus pesares esquecidos, transformados em belas fantasias.
Que o sono e o sonho invadam a minha vida, as minhas noites. Nada mais doce do que um sono povoado de belos sonhos, que sensação de felicidade.
Morfeu não me abandones!
Guia-me nesta passagem por um mundo frenético, agitado. Dá-me a paz e o sossego.
Diz-nos: "Durmam em paz" (Até um novo alvorecer!).
22/09/1984
(outro texto saído do meu baú, este já estava escrito em papel carcomido pelo tempo e pela distância, quase 20 anos ...)
Which Of The Greek Gods Are You ??
Morpheus
?? Which Of The Greek Gods Are You ??
brought to you by Quizilla
Morpheus … Morfeu…
Acho que tem alguma verdade, pensando bem.
Embora eu me tenha sempre visto mais como Mercúrio, de asas nos pés … principalmente depois de uma taça de champanhe, a verdade é que é o Morfeu quem eu invoco mais vezes.
Não deixa de ser engraçado como poucas questões conseguem cristalizar tendências.
Tristeza
Sabem aquela tristeza
Que cai sobre nós como neblina em fim de tarde,
Que gela a alma e arrepia o corpo.
Com uma angústia que nos vai enchendo, enchendo …
E para a qual não encontramos motivos?
Sabem aquela tristeza
Da qual não nos apetece libertar
Antes saborear a melancolia
Saborear a pele crispada
Mergulhar profundamente
Suster a respiração
E então, quando a vida parece que nos abandona
Emergir refeito, revigorado
Como se a tristeza fosse um casulo em que nos abrigamos
Para que o ser pudesse evoluir
Para que o ser pudesse crescer.
Que cai sobre nós como neblina em fim de tarde,
Que gela a alma e arrepia o corpo.
Com uma angústia que nos vai enchendo, enchendo …
E para a qual não encontramos motivos?
Sabem aquela tristeza
Da qual não nos apetece libertar
Antes saborear a melancolia
Saborear a pele crispada
Mergulhar profundamente
Suster a respiração
E então, quando a vida parece que nos abandona
Emergir refeito, revigorado
Como se a tristeza fosse um casulo em que nos abrigamos
Para que o ser pudesse evoluir
Para que o ser pudesse crescer.
sábado, novembro 15, 2003
Mari Boine II
Biografia - Discografia (com samples de quase todas as músicas)
E fiquei a saber pelo Luís (http://www.cronicasdaterra.weblog.com.pt/) que no próximo dia 30 a podemos ouvir ao vivo em Aveiro, no Festival Sons em Trânsito.
Podem ver aqui o programa completo aqui >
E fiquei a saber pelo Luís (http://www.cronicasdaterra.weblog.com.pt/) que no próximo dia 30 a podemos ouvir ao vivo em Aveiro, no Festival Sons em Trânsito.
Podem ver aqui o programa completo aqui >
Mari Boine – 8 seasons
É uma melodia que se cola à pele, que se insinua... ondulante e ritmada.
Sinto como se fosse algo que ecoasse desde o princípio dos tempos, nos grandes espaços abertos, por entre rochas e árvores.
Vejo vestes diáfanas e danças exóticos... movimentos sentidos levemente....
Para ouvir um bocadinho
http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/B00008Z468/104-0175238-7030349#product-details
http://music.mysic.com/Mari_Boine.html
Sinto como se fosse algo que ecoasse desde o princípio dos tempos, nos grandes espaços abertos, por entre rochas e árvores.
Vejo vestes diáfanas e danças exóticos... movimentos sentidos levemente....
Para ouvir um bocadinho
http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/B00008Z468/104-0175238-7030349#product-details
http://music.mysic.com/Mari_Boine.html
sexta-feira, novembro 14, 2003
Nome procura-se ...
Não deixa de ser curioso encontrarmos homónimos por esse mundo fora.
Quando vemos o nome usado por outros, quer sejam pessoas reais, quer personagens de contos ou romances, estabelecemos mentalmente uma grelha que procura a semelhança, ou a diferença.
E se alguns nomes são vulgares, outros existem, que por si só, ou conjugados, nos tornam praticamente únicos. Em crianças acho que gostamos de pertencer a grupos, em adultos prezamos também o que nos torna únicos, e não gostamos desse ar de irmandade que nos dá vestir roupa idêntica, ostentar o mesmo nome.
Essa sensação de não ser única, é uma sensação estranha que enquanto blog se tornou bem presente.
Acho que o nome que escolhi para o blog nada tem de original e assim sendo vou tropeçando noutros de nome idêntico. E em diversas línguas e com diferentes entoações.
Blogs com o mesmo nome:
Puta Vida - em hibernação desde Julho
Puta vida dos chonfiao! – em hibernação desde Maio (alguém sabe o que é chonfiao?)
La puta vida – em hibernação desde Abril
El weblog de mi Puta vida – este ainda mexe !
E descobri, que para alem de blog, também tenho direito a filme do mesmo nome:
La puta vida
a um drama em quatro actos ( à procura de quem o queira ver):
Puta vida de Mierda
A uma peça de teatro:
La puta vida (vale a pena ver o site da empresa que fez a iluminação - http://vortexlighting.com/index.html)
A um conto
Una puta vida, por Joseph Gelman
A um capítulo num conto:
1. PUTA DE VIDA
A uma música:
Toda la puta vida igual
Ou uma coluna de opinião :
Esta Puta Vida!!!
E depois ainda sirvo como tema para alguns post:
(merda)- Puta de vida de estudante...
(diário de um desconocido) Puta Vida
Depois disto tudo só posso concluir que deveria era mudar de nome. Acho que tenho de marcar baptizado.
Quando vemos o nome usado por outros, quer sejam pessoas reais, quer personagens de contos ou romances, estabelecemos mentalmente uma grelha que procura a semelhança, ou a diferença.
E se alguns nomes são vulgares, outros existem, que por si só, ou conjugados, nos tornam praticamente únicos. Em crianças acho que gostamos de pertencer a grupos, em adultos prezamos também o que nos torna únicos, e não gostamos desse ar de irmandade que nos dá vestir roupa idêntica, ostentar o mesmo nome.
Essa sensação de não ser única, é uma sensação estranha que enquanto blog se tornou bem presente.
Acho que o nome que escolhi para o blog nada tem de original e assim sendo vou tropeçando noutros de nome idêntico. E em diversas línguas e com diferentes entoações.
Blogs com o mesmo nome:
Puta Vida - em hibernação desde Julho
Puta vida dos chonfiao! – em hibernação desde Maio (alguém sabe o que é chonfiao?)
La puta vida – em hibernação desde Abril
El weblog de mi Puta vida – este ainda mexe !
E descobri, que para alem de blog, também tenho direito a filme do mesmo nome:
La puta vida
a um drama em quatro actos ( à procura de quem o queira ver):
Puta vida de Mierda
A uma peça de teatro:
La puta vida (vale a pena ver o site da empresa que fez a iluminação - http://vortexlighting.com/index.html)
A um conto
Una puta vida, por Joseph Gelman
A um capítulo num conto:
1. PUTA DE VIDA
A uma música:
Toda la puta vida igual
Ou uma coluna de opinião :
Esta Puta Vida!!!
E depois ainda sirvo como tema para alguns post:
(merda)- Puta de vida de estudante...
(diário de um desconocido) Puta Vida
Depois disto tudo só posso concluir que deveria era mudar de nome. Acho que tenho de marcar baptizado.
quinta-feira, novembro 13, 2003
A caneta
Resolvi ir buscar um texto antigo ao baú.
Baú!!!! Megalomania minha …
Pasta … melhor “folder”, que cada vez mais as ideias ficam arquivadas em bites e bytes.
“Às vezes somos cativados por pormenores, pequenas coisas que nos agradam, e que acabamos a valorizar mais do que efectivamente o merecem.
A caneta que uso para escrever, reparei agora, está quase a acabar, e pensei, tenho que arranjar outra para a substituir. Pensamento normal, não fora o estojo pousado a meu lado ter mais quatro canetas de cores variadas. E se o vermelho pode resultar contrastante demais, qualquer uma das outras é uma cor utilizada correntemente em escrita, verde, preto e azul.
Esta caneta com que agora escrevo, de um azul celeste, de tinta em gel, de bico fino, movimento fácil, prestes a acabar a sua vida útil, parece-me mais própria a traçar gatafunhos no papel que qualquer uma das outras.
Fico presa a pequenos pormenores, como a cor da tinta, a textura do papel, a forma do caderninho que uso, o tipo de encadernação do mesmo.
Uns inspiram-me mais do que outros, com alguns identifico-me melhor do que com os restantes.
Não deveria ter efeito nenhum sobre a escrita, o papel em que é feita, nem a cor da caneta que lhe dá forma. E talvez, em verdade não tenha, objectivamente, rigorosamente, nenhuma influência directa.
O criar de hábitos, de novos hábitos tem muitas vezes de ser rodeado de rituais, e talvez a escolha da caneta faça parte de um conjunto de actos que pretenderam criar um espaço para a escrita, não rígido, não determinado pelo local onde estivesse, mas simplesmente pela vontade de o fazer.
E assim, passou a ser presença na minha carteira, um pequeno bloco, formato A6 ou aproximado, e pelo menos uma caneta que proporcione uma escrita agradável, fluida, rápida, como as ideias que pululam na minha cabeça.
Se este simples facto teve alguma influência?
Claro que teve, porque passei a ter sempre disponível um suporte para prender as minhas ideias antes que se volatilizem, ou simplesmente para brincar com formas, pensar desenhando, experimentar texturas.
Neste último ano, quando passei a carregar sistematicamente com os meus blocos, escrevi mais do que em vários dos anos anteriores, desenhei mais do que na década precedente.
Talvez um dia, estes blocos que com o tempo eu terei que ir numerando, me permitam regredir e encontrar-me com recordações adormecidas, de visitar o meu passado com a distância de quem observa a vida de outrem.
Quando releio coisas antigas, três ou quatro anos são suficientes, tenho surpresas porque já não recordo a maior parte dos factos, porque já não identifico formas de estar e de pensar.
O tempo tem o dom de esbater a cor de tudo, cobrir de névoa e finalmente de esquecimento.
As recordações que perduram já são mais uma produção da nossa mente, que retratos efectivos do que se passou. Quanto mais recordada uma situação mais ela se afasta do que efectivamente foi. Chegamos a uma altura em que o que recordamos já não é o facto em si mas o conjunto de recordações que fomos tendo dele, ao longo do tempo.
Já não recordo o banho que tomei em miúda, na fonte da aldeia em dia de festa, o que recordo são já as imagens criadas com o tempo, de cada vez que esse banho foi mencionado pelos outros ou pensado por mim.
Nesta altura os cenários já se misturam e sei que no local onde eu recordo o banho, nunca existiu uma fonte, mas mesmo assim é aí que eu me vejo, nua sob a bica de água fresca, como se me tivesse conseguido desmultiplicar e ser simultaneamente observadora exterior e actriz principal.
O que eu tenho na recordação já não é o que aconteceu mas a imagem mental que eu criei.
Um testemunho escrito na altura, e ser verdadeiro e não escrito em busca de um qualquer efeito, poderá um dia ajudar-me a recordar o que foi a minha vida nestas alturas.
A esferográfica continua o seu percurso em direcção à extinção. Quando nem mais uma letra sair do seu bico terei de procurar outra cor que me atraia, que contraste com o tom cinza azulado do papel.
Presa a pequenos detalhes continuarei a estar sempre.”
30-08-2003
Baú!!!! Megalomania minha …
Pasta … melhor “folder”, que cada vez mais as ideias ficam arquivadas em bites e bytes.
“Às vezes somos cativados por pormenores, pequenas coisas que nos agradam, e que acabamos a valorizar mais do que efectivamente o merecem.
A caneta que uso para escrever, reparei agora, está quase a acabar, e pensei, tenho que arranjar outra para a substituir. Pensamento normal, não fora o estojo pousado a meu lado ter mais quatro canetas de cores variadas. E se o vermelho pode resultar contrastante demais, qualquer uma das outras é uma cor utilizada correntemente em escrita, verde, preto e azul.
Esta caneta com que agora escrevo, de um azul celeste, de tinta em gel, de bico fino, movimento fácil, prestes a acabar a sua vida útil, parece-me mais própria a traçar gatafunhos no papel que qualquer uma das outras.
Fico presa a pequenos pormenores, como a cor da tinta, a textura do papel, a forma do caderninho que uso, o tipo de encadernação do mesmo.
Uns inspiram-me mais do que outros, com alguns identifico-me melhor do que com os restantes.
Não deveria ter efeito nenhum sobre a escrita, o papel em que é feita, nem a cor da caneta que lhe dá forma. E talvez, em verdade não tenha, objectivamente, rigorosamente, nenhuma influência directa.
O criar de hábitos, de novos hábitos tem muitas vezes de ser rodeado de rituais, e talvez a escolha da caneta faça parte de um conjunto de actos que pretenderam criar um espaço para a escrita, não rígido, não determinado pelo local onde estivesse, mas simplesmente pela vontade de o fazer.
E assim, passou a ser presença na minha carteira, um pequeno bloco, formato A6 ou aproximado, e pelo menos uma caneta que proporcione uma escrita agradável, fluida, rápida, como as ideias que pululam na minha cabeça.
Se este simples facto teve alguma influência?
Claro que teve, porque passei a ter sempre disponível um suporte para prender as minhas ideias antes que se volatilizem, ou simplesmente para brincar com formas, pensar desenhando, experimentar texturas.
Neste último ano, quando passei a carregar sistematicamente com os meus blocos, escrevi mais do que em vários dos anos anteriores, desenhei mais do que na década precedente.
Talvez um dia, estes blocos que com o tempo eu terei que ir numerando, me permitam regredir e encontrar-me com recordações adormecidas, de visitar o meu passado com a distância de quem observa a vida de outrem.
Quando releio coisas antigas, três ou quatro anos são suficientes, tenho surpresas porque já não recordo a maior parte dos factos, porque já não identifico formas de estar e de pensar.
O tempo tem o dom de esbater a cor de tudo, cobrir de névoa e finalmente de esquecimento.
As recordações que perduram já são mais uma produção da nossa mente, que retratos efectivos do que se passou. Quanto mais recordada uma situação mais ela se afasta do que efectivamente foi. Chegamos a uma altura em que o que recordamos já não é o facto em si mas o conjunto de recordações que fomos tendo dele, ao longo do tempo.
Já não recordo o banho que tomei em miúda, na fonte da aldeia em dia de festa, o que recordo são já as imagens criadas com o tempo, de cada vez que esse banho foi mencionado pelos outros ou pensado por mim.
Nesta altura os cenários já se misturam e sei que no local onde eu recordo o banho, nunca existiu uma fonte, mas mesmo assim é aí que eu me vejo, nua sob a bica de água fresca, como se me tivesse conseguido desmultiplicar e ser simultaneamente observadora exterior e actriz principal.
O que eu tenho na recordação já não é o que aconteceu mas a imagem mental que eu criei.
Um testemunho escrito na altura, e ser verdadeiro e não escrito em busca de um qualquer efeito, poderá um dia ajudar-me a recordar o que foi a minha vida nestas alturas.
A esferográfica continua o seu percurso em direcção à extinção. Quando nem mais uma letra sair do seu bico terei de procurar outra cor que me atraia, que contraste com o tom cinza azulado do papel.
Presa a pequenos detalhes continuarei a estar sempre.”
30-08-2003
Falta de tempo
Basta o trabalho apertar para o blog ser o primeiro a sofrer de falta de atenção.
Os inúmeros “post” mentais que escrevo ficam rapidamente esquecidos no meio da azáfama do dia. Se eu fosse dotada de telepatia tecnológica poderia ir ditando palavras enquanto procuro melhor percurso no meio do trânsito. Mas essa era funcionalidade que o meu software não dispunha e ainda não consegui encontrar módulo de upgrade compatível.
Assim sendo, fico-me pelos meios mais tradicionais … o meu caderninho.
E sempre que posso, que não são muitas vezes, lanço para lá algumas ideias antes que se esfumem.
Terão, geralmente, de ser trabalhadas, mas pelo menos existe um testemunho que auxilia a memória a refazer novamente o percurso mental anterior.
Os inúmeros “post” mentais que escrevo ficam rapidamente esquecidos no meio da azáfama do dia. Se eu fosse dotada de telepatia tecnológica poderia ir ditando palavras enquanto procuro melhor percurso no meio do trânsito. Mas essa era funcionalidade que o meu software não dispunha e ainda não consegui encontrar módulo de upgrade compatível.
Assim sendo, fico-me pelos meios mais tradicionais … o meu caderninho.
E sempre que posso, que não são muitas vezes, lanço para lá algumas ideias antes que se esfumem.
Terão, geralmente, de ser trabalhadas, mas pelo menos existe um testemunho que auxilia a memória a refazer novamente o percurso mental anterior.
segunda-feira, novembro 10, 2003
Provérbios populares
domingo, novembro 09, 2003
Osmose
"Aqueles que passam por nós,
não vão sós, não nos deixam sós.
Deixam um pouco de si,
levam um pouco de nós."
("Antoine de Saint-Exupery")
não vão sós, não nos deixam sós.
Deixam um pouco de si,
levam um pouco de nós."
("Antoine de Saint-Exupery")
sábado, novembro 08, 2003
Pensando...
Existem vocábulos que tem mais música noutras línguas, tem sons que se aproximam mais do que designam.
“Home” é um som fechado, aconchegante, quente.
“Lar” é aberto, escancarado, cheio de correntes de ar.
“Home” é um som fechado, aconchegante, quente.
“Lar” é aberto, escancarado, cheio de correntes de ar.
sexta-feira, novembro 07, 2003
quinta-feira, novembro 06, 2003
Patchwork
É um dos meus hobbies, guardar todos os paninhos que sobram, recorta-los com formas pré-estabelecidas e depois conjuga-los de modo a criar novos padrões.
Gosto de jogar com a regra e com o elemento surpresa. Ver o efeito que a combinação pseudo-aleatória dos diferentes padrões cria.
É um misto de regras e não-regras, de elementos que decido e outros que não consigo controlar.
São regras gerais, as formas, o tamanho, que estruturam e o aleatório da quantidade disponível, das conjugações possíveis que criam um caos.
E gosto que assim seja.
Já não me atrai tanto programar com antecedência, comprar os tecidos na quantidade certa, desenhar, recortar e voltar a juntar. Prefiro brincar com os resto… estar condicionada em vez de livre.
Engraçado, acho que posso fazer a transposição do patchwork para outros campos.
Nos projectos gosto de jogar com as pré-existências. Gosto de descobrir regras gerais, geométricas ou outras e depois brincar dentro desse balizamento.
Se pensar, a natureza também não é diferente disso, existem as regras que são as leis da natureza e depois existe a multitude de cenários que essas regras permitem.
As árvores são sempre diferentes sem nunca deixarem de ser árvores.
Gosto de jogar com a regra e com o elemento surpresa. Ver o efeito que a combinação pseudo-aleatória dos diferentes padrões cria.
É um misto de regras e não-regras, de elementos que decido e outros que não consigo controlar.
São regras gerais, as formas, o tamanho, que estruturam e o aleatório da quantidade disponível, das conjugações possíveis que criam um caos.
E gosto que assim seja.
Já não me atrai tanto programar com antecedência, comprar os tecidos na quantidade certa, desenhar, recortar e voltar a juntar. Prefiro brincar com os resto… estar condicionada em vez de livre.
Engraçado, acho que posso fazer a transposição do patchwork para outros campos.
Nos projectos gosto de jogar com as pré-existências. Gosto de descobrir regras gerais, geométricas ou outras e depois brincar dentro desse balizamento.
Se pensar, a natureza também não é diferente disso, existem as regras que são as leis da natureza e depois existe a multitude de cenários que essas regras permitem.
As árvores são sempre diferentes sem nunca deixarem de ser árvores.
terça-feira, novembro 04, 2003
domingo, novembro 02, 2003
O bem e o mal
Não fui eu quem descobriu isto, vi aqui e resolvi experimentar.
A classificação do meu blog foi esta.
Mas mais engraçado foi ver algumas curiosidades sobre o blog.
Na página principal do blog uso 8279 vogais, 9633 consoantes, 1404 palavras diferentes. A palavra que aparece mais é “que” com 149 vezes, logo seguida de “e” com 133 ocorrências.
Claro que tudo isto será alterado quando eu colocar o presente post.
A classificação do meu blog foi esta.
Mas mais engraçado foi ver algumas curiosidades sobre o blog.
Na página principal do blog uso 8279 vogais, 9633 consoantes, 1404 palavras diferentes. A palavra que aparece mais é “que” com 149 vezes, logo seguida de “e” com 133 ocorrências.
Claro que tudo isto será alterado quando eu colocar o presente post.
sábado, novembro 01, 2003
Fragmentos
Este texto faz parte de um blog brasileiro que me dá gosto visitar. Elas por Elas. Como não dá para fazer links directos ao texto, copiei-o para aqui. E já agora que estava a mexer nele, aproveitei e acrescentei umas consoantes, para lhe dar um paladar mais português.
Fragmentos sobre o afecto
”Afecto não é só um sentimento bacana que você tem por alguém muito querido. É também aquilo te afecta.
Actualmente, tudo me afecta. A flor que acabou de desabrochar, o vermelho do pôr-do-sol em São Paulo , a beleza do mar encrespado no Rio, num dia de semi-névoa. A gatinha persa que pula no meu colo no café da manhã. O agudo da Maria Rita em "Santa Chuva". O solo do Coltrane. A abertura da ópera de Wagner.
Parece óptimo: a sensibilidade à flor da pele, a capacidade de sentir aguçada, a percepção do mundo na ponta dos dedos. Mas sensibilidade não é como cigarro, e não vendem sensibilidade com filtro na padaria da esquina.
Por isso, também me afecta quando alguém usa um tom mais estridente na voz, ou um jeito meio estranho de me olhar. Até um silêncio fora de lugar me incomoda. Pior do que isso, me dói.
Se não posso filtrar o que me afecta, se tudo me afecta, no fim tudo me “stressa” de um jeito que me faz não suportar mais o mundo. Sensibilidade demais me afecta demais.
Aos olhos da maioria, parece pura frescura. Mas é como se o mundo me invadisse pelos poros, e me impregnasse tanto e a tal ponto de se tornar insuportável. Qualquer desvio, qualquer palavra fora de lugar me afecta. E ocupa tanto espaço que falta lugar para o meu próprio afecto.”
Fragmentos sobre o afecto
”Afecto não é só um sentimento bacana que você tem por alguém muito querido. É também aquilo te afecta.
Actualmente, tudo me afecta. A flor que acabou de desabrochar, o vermelho do pôr-do-sol em São Paulo , a beleza do mar encrespado no Rio, num dia de semi-névoa. A gatinha persa que pula no meu colo no café da manhã. O agudo da Maria Rita em "Santa Chuva". O solo do Coltrane. A abertura da ópera de Wagner.
Parece óptimo: a sensibilidade à flor da pele, a capacidade de sentir aguçada, a percepção do mundo na ponta dos dedos. Mas sensibilidade não é como cigarro, e não vendem sensibilidade com filtro na padaria da esquina.
Por isso, também me afecta quando alguém usa um tom mais estridente na voz, ou um jeito meio estranho de me olhar. Até um silêncio fora de lugar me incomoda. Pior do que isso, me dói.
Se não posso filtrar o que me afecta, se tudo me afecta, no fim tudo me “stressa” de um jeito que me faz não suportar mais o mundo. Sensibilidade demais me afecta demais.
Aos olhos da maioria, parece pura frescura. Mas é como se o mundo me invadisse pelos poros, e me impregnasse tanto e a tal ponto de se tornar insuportável. Qualquer desvio, qualquer palavra fora de lugar me afecta. E ocupa tanto espaço que falta lugar para o meu próprio afecto.”
Ginger and Fred
De passagem por um blog (Pegada na areia) que acho, para alem de profícuo em post (mais do que eu, pelo menos), interessante pela diversidade de assuntos que vai abordando, encontrei referência à obra de Frank Gehry.
O assunto está na ordem do dia, mercê da possibilidade de um projecto dele em Lisboa, nem preciso referir qual.
Num post datado do dia 28 de Outubro, intitulado de “Mau presságio”…, falava-se de um dos projectos dele, em Praga, e do modo como ficara assustada pelo aspecto do mesmo nas fotografias encontradas na Internet.
Deixei lá o seguinte comentário:
Acho que decididamente as fotos (lá estão) não são as melhores. Falta-lhe o sol do dia que por lá passei, falta a variedade de perspectivas que o passeio permite. Falta-lhe o pormenor, falta-lhe cor.
Mas claro que gostos não se discutem, e a força das obras de arquitectura reside no facto de levar as pessoas a tomarem posições, a reagirem.
Que comentários foram feitos sobre os edifícios vizinhos?
Ficam aqui mais algumas imagens.
Acho que independentemente de se gostar ou não da obra de Gehry, um valor deve ser reconhecido à controvérsia criada em Portugal em torno da adjudicação do projecto e da sua obra, que foi o facto de trazer para a praça pública o tema da arquitectura.
O assunto está na ordem do dia, mercê da possibilidade de um projecto dele em Lisboa, nem preciso referir qual.
Num post datado do dia 28 de Outubro, intitulado de “Mau presságio”…, falava-se de um dos projectos dele, em Praga, e do modo como ficara assustada pelo aspecto do mesmo nas fotografias encontradas na Internet.
Deixei lá o seguinte comentário:
Acho que decididamente as fotos (lá estão) não são as melhores. Falta-lhe o sol do dia que por lá passei, falta a variedade de perspectivas que o passeio permite. Falta-lhe o pormenor, falta-lhe cor.
Mas claro que gostos não se discutem, e a força das obras de arquitectura reside no facto de levar as pessoas a tomarem posições, a reagirem.
Que comentários foram feitos sobre os edifícios vizinhos?
Ficam aqui mais algumas imagens.
Acho que independentemente de se gostar ou não da obra de Gehry, um valor deve ser reconhecido à controvérsia criada em Portugal em torno da adjudicação do projecto e da sua obra, que foi o facto de trazer para a praça pública o tema da arquitectura.
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