A escola secundária estava em período de campanha eleitoral para a associação de estudantes. Mais do que debate de ideias, o que parecia existir era um gladiar de sons, de ver quem mais alto conseguia colocar a aparelhagem junto ao portão.
Espero a minha filha no carro e observo, tapete no chão, música e alunos que à vez vão dançando break-dance, a julgar pelo menos pelos movimentos que vislumbro no meio das pernas dos assistentes.
Do outro lado da rua, em cima de um muro, um grupo de trolhas em intervalo de almoço observa com interesse o espectáculo da dança e o espectáculo de quem assiste.
Entre os trolhas da obra e os alunos da escola não se nota, aparentemente, diferença de idades. 17 ou 18 anos e vidas tão diferentes em trabalhos e tipos de responsabilidade.
Uns têm um trabalho que exige esforço físico e que se esgota no horário a cumprir, outros têm um trabalho que exige esforço intelectual e que implica responsabilização para além do horário das aulas.
Em comum, uma idade e a curiosidade por quem dança.
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