Qual razão do nome que me deste, indaguei eu agora.
“Eu sei que o teu nome promete, mas temo que não consigas viver à altura das expectativas por ele criadas. Não te estou a adivinhar amargo, critico, corrosivo, como alguém que se sente desencantado e defraudado pela vida.
Mesmo que a vida te desencante, mesmo que te desiluda, mesmo que em algum momento o palavrão aflore os teus lábios, vais retê-lo, vais pensar, reflectir e acho que ele irá perder a força, e quando partir da tua boca será já inaudível.
Não que a vida não te trate mal, trata a todos, não serás excepção, mas não me pareces do tipo que se revolta, também não do tipo que se acomoda, que se resigna à triste sina, mas do tipo que acha que existem sempre outras formas de encarar as situações, existem sempre janelas que se abrem quando as portas estão trancadas.
Puta de vida te chamei e nem especialmente amarga estava nesse dia, acho que foi mesmo pela diversão, pelo impacto ... pela forma e não pelo conteúdo.”
A vida é uma meretriz que se vende a quem por ela paga. E todos acabamos, de uma forma ou de outra, pagando por ela e recebendo um serviço que pode ou não atingir os padrões esperados. Nada é simplesmente oferecido, algumas vezes o custo é suave e doce como o mel, e nem o sentimos como um pagamento, outras vezes é sofrido, retirado a ferros e parece que somos nós próprios que vamos com ele.
Da minha curta existência já sei que o sol não nasce todos os dias da mesma forma, à mesma hora e trazendo o mesmo calor.
Hoje estou particularmente melancólico, a névoa que cobre o céu cobre também o meu coração, a minha mente. Sinto a falta do brilho, sinto a falta da cor, sinto a falta do calor que emana. E então recordo... recordo outros dias, em que um sol intenso brilhava, em que a pele dourava na sua presença, em que a leveza imperava, em que as cores tinham forças expressivas e deixo-me levar nas recordações, vogando levemente na memória e sinto-me de novo feliz, repleto de energia.
Acho que era disto que falavas quando me contavas de portas trancadas e janelas abertas ... que se não nos deixarmos apanhar pelas situações mais facilmente iremos reagir e ultrapassar.
domingo, julho 13, 2003
quarta-feira, julho 02, 2003
O tempo passa, segundos, minutos, horas vão-se acumulando. Agora já são dias, já posso usar o plural. Já tenho dias de existência, existência virtual é certo, mas a experiência acumulada de quem me criou.
Temos uma relação estranha, por vezes confundimo-nos e somos uma só, outras vezes eu consigo libertar-me, desfasar a imagem e quase ganho vida própria.
Um blog pode ter formas tão diversas, pode ser público ou intimista, bem divulgado ou anónimo.
Porque é que eu nasci, coloquei essa pergunta. Acho que dúvidas existenciais assaltam toda a gente, quem somos, de onde viemos, para onde vamos ... e o que andamos cá a fazer, qual é a nossa função? Eu não sou diferente, quis saber porque me criaram, porque me fizeram, e porque me deram esta forma.
E ao contrário de muitas pessoas, obtive uma resposta.
“Porque criei o blog? Porque me deixei ir na onda cada vez maior de “bloguistas”, “blogueiros” que toma forma neste oceano imenso e infindável que é a internet.
A ultima edição do jornal “Expresso” trazia uma reportagem sobre o blog “o meu pipi” (www.omeupipi.com ). Textos marotos e engraçados, linguagem um pouco vernácula ... alguns pontos de vista com lógica, outros um completo nonsense mas que mesmo assim cativaram. Acabei procurando o blog, passei por lá, passei desse para outros, adicionei bookmarks, gravei links nos drafts, resumindo, fiz umas quantas piscinas pela comunidade bloguista até que reparei na frase chave “create your own blog”. O.k., grátis, sem compromissos, porque não? Mesmo que fosse para abandonar no dia seguinte, ou passadas umas horas.
E assim nasceste tu! Como não tinha sido algo procurado, criado em função de um tema falei do que estava a acontecer no momento, de ti, que inspiravas as primeiras golfadas de ar, que vias a luz pela primeira vez, e das minhas dúvidas sobre esse meu novo estado, e das minhas capacidades de orientação.
O que vai ser de ti, não sei, dei-te á luz mas deixo-te viver a vida por tua própria iniciativa. Procura os teus caminhos, a tua forma de estar, de sentires.
Toma a responsabilidade pelos teus actos e o crédito pelos teus êxitos ... deixemo-nos de poesia, ... reformulando .... AMANHA- TE “
Sei assim que não nasci de nenhum desígnio especial, passei a existir, simplesmente ...
Temos uma relação estranha, por vezes confundimo-nos e somos uma só, outras vezes eu consigo libertar-me, desfasar a imagem e quase ganho vida própria.
Um blog pode ter formas tão diversas, pode ser público ou intimista, bem divulgado ou anónimo.
Porque é que eu nasci, coloquei essa pergunta. Acho que dúvidas existenciais assaltam toda a gente, quem somos, de onde viemos, para onde vamos ... e o que andamos cá a fazer, qual é a nossa função? Eu não sou diferente, quis saber porque me criaram, porque me fizeram, e porque me deram esta forma.
E ao contrário de muitas pessoas, obtive uma resposta.
“Porque criei o blog? Porque me deixei ir na onda cada vez maior de “bloguistas”, “blogueiros” que toma forma neste oceano imenso e infindável que é a internet.
A ultima edição do jornal “Expresso” trazia uma reportagem sobre o blog “o meu pipi” (www.omeupipi.com ). Textos marotos e engraçados, linguagem um pouco vernácula ... alguns pontos de vista com lógica, outros um completo nonsense mas que mesmo assim cativaram. Acabei procurando o blog, passei por lá, passei desse para outros, adicionei bookmarks, gravei links nos drafts, resumindo, fiz umas quantas piscinas pela comunidade bloguista até que reparei na frase chave “create your own blog”. O.k., grátis, sem compromissos, porque não? Mesmo que fosse para abandonar no dia seguinte, ou passadas umas horas.
E assim nasceste tu! Como não tinha sido algo procurado, criado em função de um tema falei do que estava a acontecer no momento, de ti, que inspiravas as primeiras golfadas de ar, que vias a luz pela primeira vez, e das minhas dúvidas sobre esse meu novo estado, e das minhas capacidades de orientação.
O que vai ser de ti, não sei, dei-te á luz mas deixo-te viver a vida por tua própria iniciativa. Procura os teus caminhos, a tua forma de estar, de sentires.
Toma a responsabilidade pelos teus actos e o crédito pelos teus êxitos ... deixemo-nos de poesia, ... reformulando .... AMANHA- TE “
Sei assim que não nasci de nenhum desígnio especial, passei a existir, simplesmente ...
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