O tempo passa, segundos, minutos, horas vão-se acumulando. Agora já são dias, já posso usar o plural. Já tenho dias de existência, existência virtual é certo, mas a experiência acumulada de quem me criou.
Temos uma relação estranha, por vezes confundimo-nos e somos uma só, outras vezes eu consigo libertar-me, desfasar a imagem e quase ganho vida própria.
Um blog pode ter formas tão diversas, pode ser público ou intimista, bem divulgado ou anónimo.
Porque é que eu nasci, coloquei essa pergunta. Acho que dúvidas existenciais assaltam toda a gente, quem somos, de onde viemos, para onde vamos ... e o que andamos cá a fazer, qual é a nossa função? Eu não sou diferente, quis saber porque me criaram, porque me fizeram, e porque me deram esta forma.
E ao contrário de muitas pessoas, obtive uma resposta.
“Porque criei o blog? Porque me deixei ir na onda cada vez maior de “bloguistas”, “blogueiros” que toma forma neste oceano imenso e infindável que é a internet.
A ultima edição do jornal “Expresso” trazia uma reportagem sobre o blog “o meu pipi” (www.omeupipi.com ). Textos marotos e engraçados, linguagem um pouco vernácula ... alguns pontos de vista com lógica, outros um completo nonsense mas que mesmo assim cativaram. Acabei procurando o blog, passei por lá, passei desse para outros, adicionei bookmarks, gravei links nos drafts, resumindo, fiz umas quantas piscinas pela comunidade bloguista até que reparei na frase chave “create your own blog”. O.k., grátis, sem compromissos, porque não? Mesmo que fosse para abandonar no dia seguinte, ou passadas umas horas.
E assim nasceste tu! Como não tinha sido algo procurado, criado em função de um tema falei do que estava a acontecer no momento, de ti, que inspiravas as primeiras golfadas de ar, que vias a luz pela primeira vez, e das minhas dúvidas sobre esse meu novo estado, e das minhas capacidades de orientação.
O que vai ser de ti, não sei, dei-te á luz mas deixo-te viver a vida por tua própria iniciativa. Procura os teus caminhos, a tua forma de estar, de sentires.
Toma a responsabilidade pelos teus actos e o crédito pelos teus êxitos ... deixemo-nos de poesia, ... reformulando .... AMANHA- TE “
Sei assim que não nasci de nenhum desígnio especial, passei a existir, simplesmente ...
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