quarta-feira, março 10, 2004

A Confiança

Ao ler este post (SEM TÍTULO- 3/9/2004) da Didas, lembrei-me de um texto meu. Outras palavras mas, para mim, uma sensação idêntica, um recuar no tempo, um sentir que existe algo mais forte que se nos sobrepõe.
Que tudo se resolva, é o que te desejo.


    A confiança é algo efémero!
    Quando parece que tudo está sob controlo, que finalmente iremos conseguir realizar alguns dos nossos desejos, algo acontece para nos lembrar que somos títeres nas mãos de uma qualquer entidade.
    O destino nunca nos pertenceu, os percursos que fazemos não são vontade nossa, mas uma reacção aos obstáculos que nos vão sendo colocados no caminho.
    O que fazemos, o que queremos, é sempre um resultado condicionado por tudo o que nos acontece.
    Na adolescência pensava poder vir a ser dona do meu destino, no momento em que deixasse de estar dependente dos pais. Foi sonho curto, desfeito ainda no limiar da vida adulta.
    Os sonhos grandiosos de um dia conquistar o mundo, de ser alguém diferente, único, depressa se desvaneceram.
    A vida tem que ser vivida momento a momento. Planos não são possíveis, apenas objectivos em traços largos.
    Mas desistir dos sonhos, nunca!
    Isso é que me dá alento para superar todas as provações.
    Nem sempre o caminho entre dois pontos é uma linha recta, pensando bem, nunca o é. Pode ser uma linha, mais ou menos curva, mais ou menos sinuosa, mas sempre uma curva.
    Mas, se não perdermos o ponto de onde partimos e o ponto onde queremos chegar, o percurso é possível.
    Gosto de pensar que isto é verdade, consola-me, devolve-me um pouco da confiança retirada.

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